Thursday, October 13, 2005

Prevenção



Aqui fica a resposta a todos aqueles que, tal como eu, acharam um exagero tantos estádios de futebol construídos em 2004.
Basta ver o que aconteceu em Nova Orleães com a passagem do furacão Katrina. Para onde foram os que não tinham dinheiro para sair da cidade? Pois é! Para o estádio. Não foram para nenhum hospital nem para nenhum museu ou sala de espectáculos. Foram para o estádio.
Daí se percebe que em Portugal existam tantas estruturas destas pois se algum furacão se lembra de vir marrar para estas bandas, deverão ser poucos os que têm dinheiro para sair seja para onde for. Especialmente se o desgraçado do furacão vem depois do dia 15.
Seja como for, isso agora não é problema porque temos os estádios para albergar as populações.
Existe apenas um pormenor técnico. É que destes estádios, nenhum é coberto. Mas o que à partida poderia ser um problema é, na verdade, uma vantagem se tivermos em conta o seguinte: o que cedeu primeiro no Superdome foi precisamente a cobertura. E toda a gente sabe que o vento vem de lado. É certo que iria chover lá dentro devido à tempestade que escolta o furacão, mas também uma chuvita de quando em vez até ajuda a refrescar as ideias.
O único estádio que não está preparado para isso é o do Dragão por causa das aberturas laterais. Isso também não é problema porque há o estádio do Bessa na mesma cidade. O estádio do Dragão seria uma segunda escolha mas aí teria de estar o Pinto da Costa à entrada, a fim de obrigar o furacão a mudar de rota.

Na Secretaria de Estado de prevenção de furacões estão ainda várias propostas em cima da mesa, sobre medidas a tomar no caso de um furacão atacar Portugal. Deixo-vos as várias propostas para que também vós possais opinar sobre a matéria.
Caso haja um furacão o CDS-PP afirma que o mesmo deverá ser afastado para Espanha. Para tal, legalizava-se a produção ilimitada de umas fábricas de pasta de papel de uns quantos apoiantes do partido. Com a nuvem de poluição criada o furacão seria desviado para Espanha. O furacão iria ficar ainda mais forte depois de apanhar com a dita poluição e iria matar muita gente, mas nessa altura já estava em Espanha, por isso não havia problema. Depois teríamos de usar máscaras de oxigénio durante 250 anos. No entanto, também estaria garantido o fornecimento de oxigénio por parte de um grupo de empresários apoiantes do partido, a preços relativamente acessíveis e com desconto para a terceira idade. Mário Soares e Freitas do Amaral teriam de pagar o preço normal, sem ter direito ao desconto.
O PSD diz que se deveria usar o túnel do marquês e que, por isso, o mesmo túnel deveria ser alargado até Sacavém.
O PS defende que se deveria criar um espelho gigante para que as pessoas não vissem o furacão e pudessem continuar optimistas em relação ao futuro. Esse espelho teria mesmo informação sobre as horas e a temperatura do ar para que este projecto fosse incluído no plano tecnológico. Mais, ficou prometido que não haveria aumento de impostos. Haveria sim um novo imposto sobre todos os espelhos do país.
O PCP defende a ideia de serem os empresários a pagar hotéis populares na China para toda a população, sendo que enquanto se está na China à espera que passe o furacão, se desenvolva um projecto de reforma agrária a que se daria o nome de projecto 25 de Abril.
O BE afirma que a culpa é da direita mesmo que o furacão nunca venha para Portugal.
A Frente Nacional tem previsto uma manifestação onde defenderá que deveria ser feita uma barreira com barcos de pesca Marroquinos previamente roubados em águas internacionais, cheios de imigrantes para fazer lastro.

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