Tuesday, January 09, 2007

Tempo de pausa

Vou novamente estar fora no mundo blog por uns tempos.

Até um destes dias.

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Tuesday, November 28, 2006

o IEFP e a Estratégia de Nuremberga











Faz mais de 60 anos que, em Nuremberga, foram julgados os corpos dirigentes do partido Nazi. Os que sobreviveram aos ataques dos aliados e das tropas russas, e que não se suicidaram, foram presentes ao tribunal penal internacional, naquela cidade da Alemanha.

Se formos pela questão judicial, o objectivo deste tribunal foi determinar os culpados e aplicar as devidas sanções, por crimes de guerra durante a administração liderada pelo III Reich.

Na questão política/militar tratou-se da aplicação de sanções por parte dos Estados vencedores da II guerra mundial, aos principais derrotados, os alemães.

Na questão prática, o que se passou foi responder à pergunta: “e agora, o que é que fazemos com estes gajos?”
Alguns, ainda antes do julgamento, foram reconstruir o tribunal mas, e depois disso. O que fazer com eles?

Tudo isto passou nos últimos dias na televisão pública portuguesa. Milhares de pessoas assistiram. Milhares não. Centenas, porque deu na 2. Ou terão sido apenas dezenas?... Enfim... alguém viu!

Nunca ouviu falar deste canal? Aquele que ainda faz algum serviço público de televisão... não sabe qual é?
Tente carregar na tecla 2 do comando.
O quê? Aparece o Manuel Luís Goucha?
Isso é porque a sua televisão está configurada dessa forma.
Quando “clica” no 2 aparece o canal da vida animal, daí o facto de aparecer um Urso!
Não se preocupe. Telefone à Rita, à Joana ou à Teresinha que elas vão aí resolver o assunto. Se não resolverem (até porque estas é mais internet) chame a menina do gás. Pode não perceber patavina de TV Cabo mas também, para que é que quer a televisão na altura?
Não é uma pessoa dada a gajas?
Quer um abraço ou um beijinho? Chame o António!
Não tem TV Cabo? Se não tem TV Cabo e não conhece a 2, então, não veja televisão!

Voltando ao documentário.
Ora é precisamente aqui que surge a “estratégia de Nuremberga”. Houve alguém com responsabilidades no Instituto de Emprego e Formação Profissional que, após ver a correspondência do sindicato e a novela da TVI, fez zapping e foi (por acidente) parar ao tal canal público. Faltaram as pilhas ao comando e não conseguiu mudar de canal. A hipótese era levantar o cú do sofá e isso, para um funcionário público, pode ser mortal!

Deixou-se estar a ver o documentário, que passava na altura e de repente reparou que, na prática, a pergunta que lá se fazia: “e agora, o que é que fazemos com estes gajos?”, é a pergunta que tantas vezes ele e os colegas fazem no IEFP com os milhares de desempregados que por lá aparecem.

É aí que o dito senhor do IEFP e telespectador acidental do tal canal 2 pensa em criar uma estratégia – A estratégia de Nuremberga – para resolver os problemas do IEFP.
O funcionário do IEFP faria perguntas com ar arrogante de quem ganhou a guerra (neste caso, a guerra da vida e de um emprego estável), e os que lá se deslocam, ou mostram “respeitinho” e vão colaborando da melhor forma, ou sabem que vão parar à forca (que neste caso é não ter emprego e ficar sem subsídio).
Só então repara que é tarde demais. O IEFP já trata as pessoas como se estivessem num tribunal penal internacional.
E agora, com a impossibilidade de recusar o que lhes for oferecido, a relação será ainda mais igual a Nuremberga.
Ou mostram “respeitinho” pelos doutos senhores, OU SERÃO MANDADOS, SEM PIEDADE, PARA A FORCA!!!

Está bem que os desempregados portugueses não mataram Judeus em massa. Talvez tenha havido um caso ou outro de um português ter matado um Judeu com “massa”... mas isso é diferente. É difícil achar um Judeu sem “massa”.

Contudo, frente aos leais servos do IEFP, os desempregados não passam de um bando de criminosos que não querem trabalhar e que, por isso, prejudicam o país ao receberem pequenas fortunas de subsídio de desemprego. Depois não há dinheiro. “DEPOIS AS CULPAS VÃO PARA NÓS... fieis sevos do aparelho de Estado. Depois, somos nós, funcionários públicos, que recebemos as culpas do excessivamente exigente povo português.”

“Desempregados... PARA A FORCA JÁ!!!”

“GREVE! JÁ! AUMENTOS PARA A FUNÇÃO PÚBLICA JÁ!!!...”

Gritou o senhor telespectador!

A ideia do IEFP ser o nosso Nuremberga é bem recebida e aceite por todos os partidos políticos. Claro que, como sempre, cada um teria adaptações a fazer se lhes fosse possível meter a pata!

O CDS defenderia que, o desempregado deveria poder recusar os dois primeiros trabalhos se completasse os seguintes pontos: fosse votar contra a liberalização do aborto; provasse que na primeira oferta o patrão lhe batia sem razão aparente; se fosse à missa da igreja católica todos os Domingos; entrasse no Lux, sem pagar.

O PSD acharia que, o desempregado deveria poder recusar duas vezes, e não tinha tantas exigências. Bastava que o desempregado confirmasse que iria votar no Marques Mendes nas próximas eleições. Logo após esta ideia ter sido testada (com perguntas a 10.000 desempregados) foi posta de lado. Apenas um respondeu que aceitava o acordo de votar no Marques Mendes. Foi ainda confirmado que esse desempregado se chama José Veiga e, para além de poder recusar as ofertas de trabalho, pediu imunidade diplomática internacional.
O PSD acedeu mas depois lembrou-se que não poderia conceder a tal imunidade diplomática internacional porque, quem arranjava “essa cena” era o Valentim e o Isaltino e esses já “não tocam na banda”.
José Veiga, entretanto, mudou-se para Felgueiras!

E por falar em Felgueiras. O PS acha que as coisas estão bem assim. O desempregado não recusa. E, se recusa, aguenta! Vai para a “forca” de ficar sem subsídio. Se for um dos “boys” do partido, pode ir comer à cantina da sede do Largo do Rato até ser colocado num cargo público.

O PCP faria com que o desempregado desse entrada imediata na função pública. Seria logo inscrito na CGTP, aumentado após 15 dias, e subiria automaticamente de escalão ao fim de um quarto de hora de estar ao serviço. No dia seguinte estaria de greve.
Pelo menos até ser introduzida a reforma agrária. Nessa altura todos os despregados terão trabalho nas terras do povo, comem na casa do povo e o Estado dá uma cama em quartos de 30 pessoas e um carro ao fim de 90 anos de trabalho para o partido.
Se for um bom comunista, ganha a possibilidade de ter umas férias a construir habitações sociais em Cuba, acção que teria o nome de “Viagem 25 de Abril além fronteiras”.
Em troca não poderão nem votar, nem ter dinheiro, nem beber refrigerantes americanos.

O Bloco de Esquerda defenderia que, o desempregado deveria poder recusar todos os trabalhos se completasse os seguintes pontos: fosse votar a favor da liberalização do aborto; provasse que na primeira oferta batia ao patrão sem razão aparente; nunca fosse à missa da igreja católica; entrasse no Lux, sem pagar.

O Partido da Nova Democracia não teria nenhuma ideia. Afinal, o próprio líder do Partido está tecnicamente desempregado há anos, e não tem solução à vista.

O PNR diz que não tomava qualquer atitude porque, se estivesse no poder, os emigrantes iam todos a “andar” daqui para fora e já havia emprego para toda a gente! Os que sobrassem, eram integrados na “Nova Mocidade Portuguesa”.

Os outros partidos não foram ouvidos nesta matéria porque toda a gente sabe que só existem para dar mais cor aos boletins de voto.

Por isso já sabe! Se estiver desempregado, ou se suicida, ou vai ao tribunal penal do IEFP.
A escolha é sua, seu calão!

Sunday, November 19, 2006

Conferência Sócrates e Flor




Sócrates e Floribella deram hoje uma conferência de imprensa (mal sucedida porque só lá estava o meu enviado), em que anunciaram o início de conversações entre ambos para trocar experiências de governação.
Se José Sócrates tem como função governar o país a nível de Estado, a moça é, neste momento, quem governa grande parte da Nação. Logo, é natural que ambos troquem experiências.
Tal como Sócrates, a Flor mente com grande genialidade, mas tem sido muito bem sucedida a nível de popularidade. O Governo precisa de saber onde está a falhar. Como é que esta gaja mente “a torto e a direito” e continua a ter fãs por todo o lado!? Essa é a questão?
Flor, por seu lado afirma “eu gosto muito de crianças”. Ora o Zé faz birras como ninguém e é estupidamente teimoso... como um menino.
Não será de estranhar, portanto, que este encontro tenha lugar.
A troca de experiências é sempre positiva... mesmo que sejam experiências da arte de Pinóquio.
Marques Mendes esteve presente, mas apenas para pedir um autografo à rapariga. Ele soube que a tipa gosta muito dos pequenitos e quis retribuir o gesto de amizade.

Friday, November 17, 2006

Falências e Playboy




Quando a falida Varig (companhia aérea brasileira) foi vendida à VarigLog, houve um corte de pessoal na ordem dos 58%. De entre as pessoas dispensadas faziam parte três Assistentes de Bordo, imediatamente contratadas pela Playboy para um ensaio fotográfico.
Antes, a mesma revista já tinha feito o mesmo com algumas empregadas da Enron. Se a moda pega, e sabendo que o Estado vai fazer cortes na função pública, ainda vamos ver as secretárias de Estado em poses muito pouco consentâneas com a moral do Estado (qual moral?). Os “olheiros” da revista têm de ter muita paciência para procurar... resta saber se encontram alguma coisa que venda revistas.

Tuesday, November 14, 2006

Trabalha, escravo!


É sabido que, na Holanda, há escravos portugueses. É menos conhecido, mas igualmente verdade, que há portugueses escravos em Espanha, Bélgica, França e Irlanda.
Até há escravos portugueses a trabalhar, imagine-se, em Portugal.
Portugal é, provavelmente, o país da União Europeia que mais mão-de-obra escrava fornece.

Aliás, tendo em conta que, o último caso conhecido de “escravatura moderna”, diz respeito a 80 trabalhadores que estão no sul da Holanda sem receber há semanas, é fácil encontrar por aí escravos!

Até agora, o termo “escravos modernos”' aplicava-se a vítimas de “trabalho forçado” e referia-se a uma situação na qual a pessoa era explorada contra sua vontade e forçada a trabalhar sob condições que ela não aceitaria voluntariamente".

Ou seja, agora se um trabalhador não recebe há semanas, é escravo dentro do conceito de “escravatura moderna”.

E acho muito bem que assim seja, pois não foi de livre vontade que aceitaram trabalhar sem receber a tempo e horas.

Basta por isso contar as inúmeras fábricas do país que não pagam aos trabalhadores e de repente... olha, tantos escravos!

Mas escravos “modernos”.

É claro que, como sempre, tudo depende do ponto de vista.

O actual Primeiro Ministro do Governo da República até nem deve achar isto assim tão mau. São escravos, mas modernos! Sim que nós, agora que somos um país “simplex” e tecnológico, não íamos ter escravos à antiga. Temos, muitos, mas modernos.

E, de repente, o Governo da República até atinge outro objectivo. O de aumentar as exportações. Ao que parece o número de “escravos modernos” que vai para o estrangeiro, aumenta de ano para ano.

Mais exportações!

Só que, mesmo assim temos um problema (há sempre um problema). É que, feitas as contas, até nisto a balança comercial está desfavorável. Importamos mais “escravos modernos” do que exportamos. Basta andar pelo país e ver e ouvir as histórias de escravidão que por aí andam.

O Ministro da Economia terá uma explicação para isto. Em tudo o que é moderno (mesmo que estejamos a falar de escravos) é praticamente impossível concorrer com os mercados de leste. Eles tem tudo mais barato. Até os escravos. E neste mercado há que contar com África. Uma potência no que toca a escravos, sejam eles modernos ou não, que em África ainda há escravos à antiga. Daqueles que ainda não trazem a “modernice” de recorrer a tribunais.

Se fosse escravo, se calhar, preferia ser um daqueles à antiga. Daqueles que não piavam mas que comiam, não pagavam contas, e se divertiam nas senzalas com as escravas! E, se de repente tivesse oportunidade, não recorria aos tribunais e optava antes por dar um tiro nos cornos do animal que me escravizava.

E que tal se, agora também houvesse mais “empresários modernos” em Portugal. Que pagassem salários justos e a horas? Que dessem valor aos trabalhadores?

Era bom, não era?


Saudações,

Marquês do Vale (o Divino)





Monday, October 24, 2005

Extremismo


Aqui há tempos deu-se o arrastão de Carcavelos que não foi arrastão, e houveram assaltos nos comboios em que ninguém roubou nada.
Passados uns dias, deu-se a manifestação de extrema-direita, que não era racista, e que apelava ao “orgulho branco”, com brancos que não são racistas, e que propunham a expulsão de imigrantes africanos, não sendo por isso, racistas…

Bom, como resolver este problema? De um lado um bando de 500 “Dreads” não violentos a perturbar a paz do país à beira-mar plantado. Do outro 500 Skinheads não racistas que põem em causa os “brandos costumes”.

Já repararam? Pelo menos existe justiça nos números. 500 De um lado e 500 do outro.

Vamos lá então encontrar uma solução para isto.

Antes de mais tem de haver terreno neutro.

Pensei em propor um comboio. Daquelas automotoras velhas que já não servem para nada, senão para a poluição sonora e do ar.
Consta que o objectivo de manter as ditas automotoras seria fazer transbordo com os passageiros do TGV espanhol. Assim eles teriam pena de nós e não nos cortavam a água.
Como os espanhóis não têm pena de ninguém, muito menos de nós, esta ideia foi abandonada.
As automotoras ficaram de novo sem uso prático à vista, e podia usar uma delas, com Dreads e Skins, a divertirem-se entre si à mocada.

O problema seria o custo de construir uma linha a acabar no Cabo da Roca. E isso seria indispensável, não fossem haver sobras.

Como estamos em contenção de custos, obriguei-me a abortar este projecto. E ainda bem porque de facto não era neutro. Os Dreads têm meses ou anos de treino nos comboios das linhas de Sintra e de Cascais. Os Skins também gostam de comboios, principalmente da – para eles – saudosa linha internacional entre Berlim e Auschwitz, mas não é a mesma coisa.

Então pensei: os Dreads gostam de praia - areia e espaços grandes – os Skins, a ver pela manifestação ter sido marcada para o Martim Moniz e o Rossio, gostam de espaços planos, sem sombra, e também com muito espaço.

O que é que há que tenha espaço, areia, plano e sem sombra?

Lembrei-me do Campo Pequeno, pois claro!

O Campo Pequeno, ainda por cima, tem um problema que poderia ficar resolvido. O da recuperação do espaço.

Abria-se o espectáculo ao público e cobravam-se bilhetes. Garantida a enchente, o lucro de bilheteira daria para a recuperação total do Campo Pequeno.

Mas, para garantir a enchente precisamos de algo mais, ou então o espectáculo seria igual a tantos fins de Porto X Benfica.
Para isso, poderíamos arranjar o patrocínio do Jardim Zoológico de Lisboa, que cedia uns quantos Leões, e Elefantes para o grande final.

Ambas as equipas teriam um padrinho famoso.

Do lado dos Dreads aparecia a Ana Drago, e do lado dos Skins o Manuel Monteiro. Ainda pensei em convidar alguém do PNR para padrinho dos Skins, mas todo o partido já faz parte da equipa… também são só 8 ou 9 elementos.

Ainda tínhamos a possibilidade de 10% de desconto na funerária do Campo Grande.

Propus este projecto, mas não foi possível realizá-lo por várias razões, das quais destaco as seguintes:

Do Bloco de Esquerda, disseram que não era possível porque a organização não previa que os Skins levassem telemóvel ou toalhas de praia, que são objectos que motivam os Dreads.
Depois a Ana Drago não está autorizada a estar presente, por não poder estar com mais de dois africanos de raça negra a menos de 10 metros, por ordens médicas.

O PNR diz que tal não seria possível, porque alguns dos seus elementos estão proibidos pelo partido de estarem em ambientes em que mais de 25% da população seja do sexo masculino, desde que alguns filiados foram beber um copo ao Portas Largas e acabaram no Finalmente na companhia da Carla Vanessa, que foi pára-quedista no ultramar, e que é conhecida pelo Zé trombas, por alguns amigos de infância.

A associação de defesa dos animais manifestou-se desagradada porque os leões podiam ser mordidos. Quanto aos elefantes, uma vez que viriam do jardim zoológico, desatavam a roubar moedas a todos. Este caso não seria preocupante, porque, segundo o Bloco de Esquerda, como vieram de África e estão presos, têm esse direito e ninguém os podia criticar porque a culpa é da direita.

O Carlos Castro reclamou o facto de todos eles terem de ir vestidos.

A ONU também se opôs à realização deste evento porque segundo notícias da imprensa nem os Dreads roubam nem os Skins são racistas e, afinal, Dreads que não roubam a ninguém, e Skins que não são racistas, são espécies protegidas, e únicas no mundo.

(…)

Bom, o projecto falhou e o Campo Pequeno vai mesmo ser um centro comercial.

De qualquer forma, irei apresentar uma nova proposta, assim que o centro comercial abrir.

Concentrar os Dreads no centro comercial é fácil. Basta pôr um Mcdonalds e esperar. Os Skins, será mais complicado, mas podemos sempre fazer uma exposição de fatos do KLU KLUX KLAM, com pinturas da Paula Rego e enviar convites para a sede do PNR.

Aquilo fica tudo partido porque mesmo sendo no centro comercial, eu insisto, pelo menos, em levar os elefantes. E se pensarmos bem, para que é que é preciso mais um centro comercial?

Thursday, October 13, 2005

Prevenção



Aqui fica a resposta a todos aqueles que, tal como eu, acharam um exagero tantos estádios de futebol construídos em 2004.
Basta ver o que aconteceu em Nova Orleães com a passagem do furacão Katrina. Para onde foram os que não tinham dinheiro para sair da cidade? Pois é! Para o estádio. Não foram para nenhum hospital nem para nenhum museu ou sala de espectáculos. Foram para o estádio.
Daí se percebe que em Portugal existam tantas estruturas destas pois se algum furacão se lembra de vir marrar para estas bandas, deverão ser poucos os que têm dinheiro para sair seja para onde for. Especialmente se o desgraçado do furacão vem depois do dia 15.
Seja como for, isso agora não é problema porque temos os estádios para albergar as populações.
Existe apenas um pormenor técnico. É que destes estádios, nenhum é coberto. Mas o que à partida poderia ser um problema é, na verdade, uma vantagem se tivermos em conta o seguinte: o que cedeu primeiro no Superdome foi precisamente a cobertura. E toda a gente sabe que o vento vem de lado. É certo que iria chover lá dentro devido à tempestade que escolta o furacão, mas também uma chuvita de quando em vez até ajuda a refrescar as ideias.
O único estádio que não está preparado para isso é o do Dragão por causa das aberturas laterais. Isso também não é problema porque há o estádio do Bessa na mesma cidade. O estádio do Dragão seria uma segunda escolha mas aí teria de estar o Pinto da Costa à entrada, a fim de obrigar o furacão a mudar de rota.

Na Secretaria de Estado de prevenção de furacões estão ainda várias propostas em cima da mesa, sobre medidas a tomar no caso de um furacão atacar Portugal. Deixo-vos as várias propostas para que também vós possais opinar sobre a matéria.
Caso haja um furacão o CDS-PP afirma que o mesmo deverá ser afastado para Espanha. Para tal, legalizava-se a produção ilimitada de umas fábricas de pasta de papel de uns quantos apoiantes do partido. Com a nuvem de poluição criada o furacão seria desviado para Espanha. O furacão iria ficar ainda mais forte depois de apanhar com a dita poluição e iria matar muita gente, mas nessa altura já estava em Espanha, por isso não havia problema. Depois teríamos de usar máscaras de oxigénio durante 250 anos. No entanto, também estaria garantido o fornecimento de oxigénio por parte de um grupo de empresários apoiantes do partido, a preços relativamente acessíveis e com desconto para a terceira idade. Mário Soares e Freitas do Amaral teriam de pagar o preço normal, sem ter direito ao desconto.
O PSD diz que se deveria usar o túnel do marquês e que, por isso, o mesmo túnel deveria ser alargado até Sacavém.
O PS defende que se deveria criar um espelho gigante para que as pessoas não vissem o furacão e pudessem continuar optimistas em relação ao futuro. Esse espelho teria mesmo informação sobre as horas e a temperatura do ar para que este projecto fosse incluído no plano tecnológico. Mais, ficou prometido que não haveria aumento de impostos. Haveria sim um novo imposto sobre todos os espelhos do país.
O PCP defende a ideia de serem os empresários a pagar hotéis populares na China para toda a população, sendo que enquanto se está na China à espera que passe o furacão, se desenvolva um projecto de reforma agrária a que se daria o nome de projecto 25 de Abril.
O BE afirma que a culpa é da direita mesmo que o furacão nunca venha para Portugal.
A Frente Nacional tem previsto uma manifestação onde defenderá que deveria ser feita uma barreira com barcos de pesca Marroquinos previamente roubados em águas internacionais, cheios de imigrantes para fazer lastro.

Descobrir Portugal








Descobri um país onde os casos de pedofilia não se resolvem, descobri um país onde criminosos foragidos são eleitos democraticamente para a presidência da câmara municipal, um país onde os impostos aumentam e os ordenados não sobem. Um país onde os funcionários públicos sobem de carreira porque sim, e onde empresários que querem justiça fiscal ou mudam a sede da empresa para o país vizinho, ou se “esquecem” de declarar as contas perdidas nos off-shores, como se de barcos fantasmas se tratassem.
Eu descobri Portugal! Venha descobri-lo também!

Simpatia

Este Governo é o que mais nos lixou, lixa, e continuará a lixar.
No entanto, fá-lo sempre de sorriso nos lábios. Sempre de uma forma positiva.
Algumas empresas nacionais seguem este “modus operandis”.
A EDP mudou o logótipo para uma espécie de sorriso. E do que é que a EDP se ri? Ri-se dos utentes terem de pagar a electricidade mais cara da Europa? Ri-se de cortar a electricidade caso não haja o pagamento a tempo e horas? Ri-se!...
A TMN agora diz no seu slogan: gosto da vida como ela é. Ou seja, os clientes da TMN deverão gostar da vida como ela é. Gostar do quê?
Gostar de viver sem médico de família, gostar de receber um ordenado miserável, gostar de estar afogado em dívidas de crédito, gostar de levar porrada deste Governo.
Goste e ria-se!
A Galp continua com a energia positiva. A energia positiva com preços ainda mais positivos. Toca a consumir gasolina positiva, gasóleo positivo e gás positivo, que a factura positiva no fim do mês dar-lhe-á ânimo, a si, nosso cliente. Ânimo para se suicidar!
Continue a ser lixado pelo Governo Socialista, ria-se, goste da vida como ela é, que a energia Socialista positiva anda no ar.
Se não gostar, a resposta do Governo será idêntica ao “sound bite” da TMN: até já!