Monday, October 24, 2005

Extremismo


Aqui há tempos deu-se o arrastão de Carcavelos que não foi arrastão, e houveram assaltos nos comboios em que ninguém roubou nada.
Passados uns dias, deu-se a manifestação de extrema-direita, que não era racista, e que apelava ao “orgulho branco”, com brancos que não são racistas, e que propunham a expulsão de imigrantes africanos, não sendo por isso, racistas…

Bom, como resolver este problema? De um lado um bando de 500 “Dreads” não violentos a perturbar a paz do país à beira-mar plantado. Do outro 500 Skinheads não racistas que põem em causa os “brandos costumes”.

Já repararam? Pelo menos existe justiça nos números. 500 De um lado e 500 do outro.

Vamos lá então encontrar uma solução para isto.

Antes de mais tem de haver terreno neutro.

Pensei em propor um comboio. Daquelas automotoras velhas que já não servem para nada, senão para a poluição sonora e do ar.
Consta que o objectivo de manter as ditas automotoras seria fazer transbordo com os passageiros do TGV espanhol. Assim eles teriam pena de nós e não nos cortavam a água.
Como os espanhóis não têm pena de ninguém, muito menos de nós, esta ideia foi abandonada.
As automotoras ficaram de novo sem uso prático à vista, e podia usar uma delas, com Dreads e Skins, a divertirem-se entre si à mocada.

O problema seria o custo de construir uma linha a acabar no Cabo da Roca. E isso seria indispensável, não fossem haver sobras.

Como estamos em contenção de custos, obriguei-me a abortar este projecto. E ainda bem porque de facto não era neutro. Os Dreads têm meses ou anos de treino nos comboios das linhas de Sintra e de Cascais. Os Skins também gostam de comboios, principalmente da – para eles – saudosa linha internacional entre Berlim e Auschwitz, mas não é a mesma coisa.

Então pensei: os Dreads gostam de praia - areia e espaços grandes – os Skins, a ver pela manifestação ter sido marcada para o Martim Moniz e o Rossio, gostam de espaços planos, sem sombra, e também com muito espaço.

O que é que há que tenha espaço, areia, plano e sem sombra?

Lembrei-me do Campo Pequeno, pois claro!

O Campo Pequeno, ainda por cima, tem um problema que poderia ficar resolvido. O da recuperação do espaço.

Abria-se o espectáculo ao público e cobravam-se bilhetes. Garantida a enchente, o lucro de bilheteira daria para a recuperação total do Campo Pequeno.

Mas, para garantir a enchente precisamos de algo mais, ou então o espectáculo seria igual a tantos fins de Porto X Benfica.
Para isso, poderíamos arranjar o patrocínio do Jardim Zoológico de Lisboa, que cedia uns quantos Leões, e Elefantes para o grande final.

Ambas as equipas teriam um padrinho famoso.

Do lado dos Dreads aparecia a Ana Drago, e do lado dos Skins o Manuel Monteiro. Ainda pensei em convidar alguém do PNR para padrinho dos Skins, mas todo o partido já faz parte da equipa… também são só 8 ou 9 elementos.

Ainda tínhamos a possibilidade de 10% de desconto na funerária do Campo Grande.

Propus este projecto, mas não foi possível realizá-lo por várias razões, das quais destaco as seguintes:

Do Bloco de Esquerda, disseram que não era possível porque a organização não previa que os Skins levassem telemóvel ou toalhas de praia, que são objectos que motivam os Dreads.
Depois a Ana Drago não está autorizada a estar presente, por não poder estar com mais de dois africanos de raça negra a menos de 10 metros, por ordens médicas.

O PNR diz que tal não seria possível, porque alguns dos seus elementos estão proibidos pelo partido de estarem em ambientes em que mais de 25% da população seja do sexo masculino, desde que alguns filiados foram beber um copo ao Portas Largas e acabaram no Finalmente na companhia da Carla Vanessa, que foi pára-quedista no ultramar, e que é conhecida pelo Zé trombas, por alguns amigos de infância.

A associação de defesa dos animais manifestou-se desagradada porque os leões podiam ser mordidos. Quanto aos elefantes, uma vez que viriam do jardim zoológico, desatavam a roubar moedas a todos. Este caso não seria preocupante, porque, segundo o Bloco de Esquerda, como vieram de África e estão presos, têm esse direito e ninguém os podia criticar porque a culpa é da direita.

O Carlos Castro reclamou o facto de todos eles terem de ir vestidos.

A ONU também se opôs à realização deste evento porque segundo notícias da imprensa nem os Dreads roubam nem os Skins são racistas e, afinal, Dreads que não roubam a ninguém, e Skins que não são racistas, são espécies protegidas, e únicas no mundo.

(…)

Bom, o projecto falhou e o Campo Pequeno vai mesmo ser um centro comercial.

De qualquer forma, irei apresentar uma nova proposta, assim que o centro comercial abrir.

Concentrar os Dreads no centro comercial é fácil. Basta pôr um Mcdonalds e esperar. Os Skins, será mais complicado, mas podemos sempre fazer uma exposição de fatos do KLU KLUX KLAM, com pinturas da Paula Rego e enviar convites para a sede do PNR.

Aquilo fica tudo partido porque mesmo sendo no centro comercial, eu insisto, pelo menos, em levar os elefantes. E se pensarmos bem, para que é que é preciso mais um centro comercial?

Thursday, October 13, 2005

Prevenção



Aqui fica a resposta a todos aqueles que, tal como eu, acharam um exagero tantos estádios de futebol construídos em 2004.
Basta ver o que aconteceu em Nova Orleães com a passagem do furacão Katrina. Para onde foram os que não tinham dinheiro para sair da cidade? Pois é! Para o estádio. Não foram para nenhum hospital nem para nenhum museu ou sala de espectáculos. Foram para o estádio.
Daí se percebe que em Portugal existam tantas estruturas destas pois se algum furacão se lembra de vir marrar para estas bandas, deverão ser poucos os que têm dinheiro para sair seja para onde for. Especialmente se o desgraçado do furacão vem depois do dia 15.
Seja como for, isso agora não é problema porque temos os estádios para albergar as populações.
Existe apenas um pormenor técnico. É que destes estádios, nenhum é coberto. Mas o que à partida poderia ser um problema é, na verdade, uma vantagem se tivermos em conta o seguinte: o que cedeu primeiro no Superdome foi precisamente a cobertura. E toda a gente sabe que o vento vem de lado. É certo que iria chover lá dentro devido à tempestade que escolta o furacão, mas também uma chuvita de quando em vez até ajuda a refrescar as ideias.
O único estádio que não está preparado para isso é o do Dragão por causa das aberturas laterais. Isso também não é problema porque há o estádio do Bessa na mesma cidade. O estádio do Dragão seria uma segunda escolha mas aí teria de estar o Pinto da Costa à entrada, a fim de obrigar o furacão a mudar de rota.

Na Secretaria de Estado de prevenção de furacões estão ainda várias propostas em cima da mesa, sobre medidas a tomar no caso de um furacão atacar Portugal. Deixo-vos as várias propostas para que também vós possais opinar sobre a matéria.
Caso haja um furacão o CDS-PP afirma que o mesmo deverá ser afastado para Espanha. Para tal, legalizava-se a produção ilimitada de umas fábricas de pasta de papel de uns quantos apoiantes do partido. Com a nuvem de poluição criada o furacão seria desviado para Espanha. O furacão iria ficar ainda mais forte depois de apanhar com a dita poluição e iria matar muita gente, mas nessa altura já estava em Espanha, por isso não havia problema. Depois teríamos de usar máscaras de oxigénio durante 250 anos. No entanto, também estaria garantido o fornecimento de oxigénio por parte de um grupo de empresários apoiantes do partido, a preços relativamente acessíveis e com desconto para a terceira idade. Mário Soares e Freitas do Amaral teriam de pagar o preço normal, sem ter direito ao desconto.
O PSD diz que se deveria usar o túnel do marquês e que, por isso, o mesmo túnel deveria ser alargado até Sacavém.
O PS defende que se deveria criar um espelho gigante para que as pessoas não vissem o furacão e pudessem continuar optimistas em relação ao futuro. Esse espelho teria mesmo informação sobre as horas e a temperatura do ar para que este projecto fosse incluído no plano tecnológico. Mais, ficou prometido que não haveria aumento de impostos. Haveria sim um novo imposto sobre todos os espelhos do país.
O PCP defende a ideia de serem os empresários a pagar hotéis populares na China para toda a população, sendo que enquanto se está na China à espera que passe o furacão, se desenvolva um projecto de reforma agrária a que se daria o nome de projecto 25 de Abril.
O BE afirma que a culpa é da direita mesmo que o furacão nunca venha para Portugal.
A Frente Nacional tem previsto uma manifestação onde defenderá que deveria ser feita uma barreira com barcos de pesca Marroquinos previamente roubados em águas internacionais, cheios de imigrantes para fazer lastro.

Descobrir Portugal








Descobri um país onde os casos de pedofilia não se resolvem, descobri um país onde criminosos foragidos são eleitos democraticamente para a presidência da câmara municipal, um país onde os impostos aumentam e os ordenados não sobem. Um país onde os funcionários públicos sobem de carreira porque sim, e onde empresários que querem justiça fiscal ou mudam a sede da empresa para o país vizinho, ou se “esquecem” de declarar as contas perdidas nos off-shores, como se de barcos fantasmas se tratassem.
Eu descobri Portugal! Venha descobri-lo também!

Simpatia

Este Governo é o que mais nos lixou, lixa, e continuará a lixar.
No entanto, fá-lo sempre de sorriso nos lábios. Sempre de uma forma positiva.
Algumas empresas nacionais seguem este “modus operandis”.
A EDP mudou o logótipo para uma espécie de sorriso. E do que é que a EDP se ri? Ri-se dos utentes terem de pagar a electricidade mais cara da Europa? Ri-se de cortar a electricidade caso não haja o pagamento a tempo e horas? Ri-se!...
A TMN agora diz no seu slogan: gosto da vida como ela é. Ou seja, os clientes da TMN deverão gostar da vida como ela é. Gostar do quê?
Gostar de viver sem médico de família, gostar de receber um ordenado miserável, gostar de estar afogado em dívidas de crédito, gostar de levar porrada deste Governo.
Goste e ria-se!
A Galp continua com a energia positiva. A energia positiva com preços ainda mais positivos. Toca a consumir gasolina positiva, gasóleo positivo e gás positivo, que a factura positiva no fim do mês dar-lhe-á ânimo, a si, nosso cliente. Ânimo para se suicidar!
Continue a ser lixado pelo Governo Socialista, ria-se, goste da vida como ela é, que a energia Socialista positiva anda no ar.
Se não gostar, a resposta do Governo será idêntica ao “sound bite” da TMN: até já!

Monday, October 10, 2005

Apelos soaristas

O “dono” do País, Mário Soares, volta a violar a lei eleitoral com um apelo ao voto “fora de horas”.

No entanto, não devia ser a CNE a punir Mário Soares, mas sim o Júnior João. Se repararmos nas últimas três vezes que o Mário apelou ao voto no “puto”, o João saiu sempre derrotado. Primeiro em Lisboa frente a Santana Lopes, depois no congresso do Partido Socialista frente a José Sócrates, e agora frente a Fernando Seara.

Segundo consta, João ameaçou vingar-se apelando ao voto no pai nas próximas presidenciais. O director de campanha de Mário Soares teme que isso aconteça, não por pôr em causa a vitória (essa não irá acontecer de certeza), mas porque caso haja um apelo de João Soares, Mário pode ficar com menos votos do que o advogado de Bibi.

Saudações a todos

Saúdo todos aqueles que estão de visita ao blog do Sr. Divino Marquês.

Até breve!